domingo, 24 de maio de 2009

Problemas auditivos não impedem desenvolvimento da fala

Crianças que nascem com dificuldades auditivas podem chegar a desenvolver completamente a fala se forem diagnosticadas a tempo, segundo um estudo realizado por cientistas da Australian Hearing.

A investigação foi feita junto de duzentos menores australianos e distinguiu os que receberam assistência antes de cumprir os seis meses e os que receberam a partir dessa idade.

Teresa Ching, da Australian Hearing, disse em conferência de imprensa que, segundo as suas conclusões preliminares, "os meninos que receberam audífonos e terapia quando eram muito pequenos têm habilitações linguísticas expressivas e receptivas iguais às das crianças que não sofrem de dificuldades auditivas".

O estudo demonstrou ainda que os jovens que receberam ajuda mais tarde, por a dificuldade auditiva só ter sido descoberta quando eram maiores, revelavam capacidade linguísticas reduzidas.

Os problemas daí derivados poderão ser educacionais, psicossociais e vocacionais, razão pela qual é fundamental examinar as crianças o mais cedo possível, indicou Teresa Ching. O estudo recomenda, por isso, a realização de testes auditivos a todos os recém-nascidos.

Fontes: Público e Imprensa Internacional
MNI-Médicos Na Internet

Pedro Castro


Vitaminas podem evitar a perda de audição

A ingestão de suplementos vitamínicos pode impedir a perda de audição em animais de laboratório, revela um estudo realizado na Universidade de Florida, EUA.

Neste estudo, liderado por Collen Le Prell, e apresentado no encontro anual da "Association for Research in Otolaryngology", os investigadores utilizaram um suplemento vitamínico constituído por antioxidantes, entre os quais o betacaroteno, a vitamina C e E e o magnésio.

Este "cocktail" vitamínico foi administrado a porquinhos-da-índia, quatro horas antes da exposição a um ruído com uma frequência de 110 decibéis, semelhante aos níveis de ruído atingidos durante um concerto.

Através da medição da actividade neuronal induzida pelo som, os investigadores descobriram que o tratamento evitou com sucesso a perda de audição temporária.

A repetição de episódios de perda de audição temporária poderá conduzir à perda de audição permanente. De acordo com os autores do estudo, a prevenção de alterações temporárias poderá impedir o aparecimento de alterações permanentes.

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Estudo da Universidade de Florida

Pedro Castro

sábado, 9 de maio de 2009

Metade dos Portugueses precisa de óculos

Metade da população portuguesa – cerca de cinco milhões e duzentos mil portugueses – tem, de alguma maneira, necessidade de usar óculos. O facto de não se fazer um diagnóstico atempado leva a que existam cerca trezentos mil olhos preguiçosos no nosso país, incluindo o estrabismo. "Estes números são a evidência da necessidade de rastreios escolares, de modo a que os especialistas possam intervir na recuperação da visão de uma forma precoce e mais eficaz", sustenta o Dr. Florindo Esperancinha, oftalmologista no Hospital Amadora-Sintra e presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).


No que às doenças do foro oftalmológico diz respeito, prevê-se que entre 28000 a 38000 idosos portugueses possam vir a ser atingidos pela degenerescência macular relacionada com a idade (DMRI). Esta doença, que até há poucos anos não tinha tratamento, "passa actualmente por uma revolução no campo terapêutico", como diz este oftalmologista, acrescentando que, hoje em dia, já é possível tratar a forma mais grave da DMRI".

O glaucoma é outra patologia da visão considerada perigosa, pois "rouba" a visão sem que o doente se aperceba. Mais de 100 mil portugueses são afectados por esta enfermidade e 30 mil têm, de alguma forma, cegueira irreversível. No entanto, "a oftalmologia portuguesa tem recursos humanos para responder a esta doença, que necessita de ser diagnosticada precocemente", como sustenta Esperancinha. A diabetes, que atinge cerca de 500 mil portugueses, "é, a nível da oftalmologia, um problema de Saúde Pública a requerer programas de combate", defende este oftalmologista, que concretiza:

"As necessidades de tratamento com laser ultrapassam os 40 mil doentes, estimando-se que 1500 beneficiariam mais com a cirurgia. Temos tecnologia para controlar a doença, mas precisamos de mais recursos humanos, até porque novas terapêuticas estão a surgir." Seis em cada 10 pessoas, com mais de 60 anos, sofrem de algum tipo de catarata, o que, transposto para a realidade nacional, dá 170 mil pessoas afectadas. Em Portugal, operam-se perto de 25 mil doentes por ano.

"A catarata é, entre as patologias oftálmicas, a que mais beneficiou com a evolução tecnológica e a cirurgia é, na maior parte dos casos, feita em regime ambulatório", diz o mesmo especialista. Estas serão algumas das doenças da visão discutidas no 48.º Congresso Português de Oftalmologia, que decorre de 7 a 10 de Dezembro, no Hotel Miragem, em Cascais. O glaucoma, a DMI e a diabetes ocular são as patologias mais incidentes e as que mais cegam.

06/12/2006
Fonte: Agências-Portaloptico.com

Ana Rita Costa